Panorama Europeu de Competências: Quais as competências mais procuradas no século XXI?

Autoria: Anita LĪCE
Tradução: EPALE Portugal
Cara Comunidade EPALE!
Deixem-me partilhar convosco um novo relatório que responde à pergunta - Quais as competências mais procuradas no século XXI? O relatório centra-se nas competências procuradas nos diplomados em STEM, mas é relevante para diplomados de todas as áreas de estudo.

O Relatório baseia-se numa investigação que integrou uma meta-análise de quadros de competências futuras, internacionais e recentes, e num inquérito a empregadores no qual participaram 300 empregadores de 29 países.
A lista de competências do século XXI utilizada no inquérito a empregadores foi desenvolvida através da realização de uma meta-análise de dez quadros de competências recentes (publicada em 2018-2022) e baseou-se numa investigação que descreve quados de competências futuras e relevantes para o mercado de trabalho. Todas os quadros de competências selecionados foram desenvolvidos por organizações internacionais, incluindo a Comissão Europeia e as agências da UE, a OCDE, o Fórum Económico Mundial e a McKinsey & Company.
300 empregadores de 29 países participaram na avaliação de quais as competências da lista mais importantes para os diplomados em STEM no processo de recrutamento. Os empregadores também avaliaram o desempenho das universidades no desenvolvimento destas competências. Obtiveram-se, assim, áreas de atuação prioritárias para a atualização curricular das universidades.
Principais resultados
- Os empregadores valorizam particularmente as competências de autogestão, sociais, emocionais, atitudinais e cognitivas.
- Considerando as avaliações muito positivas dos empregadores, pode concluir-se que todas as competências do século XXI integradas na lista são muito importantes no mercado de trabalho e altamente valorizadas pelos diplomados em STEM.
- Os empregadores são unânimes quanto à extrema importância das competências de autogestão, de pensamento crítico e das competências de resolução de problemas, bem como das competências de comunicação e de trabalho em equipa. Outras competências altamente valorizadas são a atitude de desenvolvimento e as competências de aprendizagem, a responsabilidade, a capacidade de adaptação e de resistência ao stress, as competências de criatividade, as competências de literacia de informação e dados, a atitude positiva e a atenção plena, a inteligência emocional e as competências de liderança.

- No que diz respeito ao desempenho das universidades no desenvolvimento de competências-chave de empregabilidade, as competências que receberam as classificações mais elevadas dos empregadores na avaliação de importância são relativamente mais difíceis de adquirir nas universidades europeias. Os empregadores são os mais céticos sobre a capacidade das universidades em desenvolverem inteligência emocional, atitudes positivas e atenção plena, liderança, adaptabilidade e resiliência, autogestão, criatividade, competências em sustentabilidade, mentalidade global e competências de responsabilidade.

- A importância – a análise de desempenho ajudou a identificar as áreas de competências que exigem atenção imediata e maior prioridade quando se trata de preparar diplomados em STEM para o mercado de trabalho. Estas são:
- Autogestão, propósito, perseverança
- Adaptabilidade, resiliência e resistência ao stress
- Criatividade, curiosidade, mentalidade aberta, identificação de oportunidades
- Responsabilidade e justiça
- Inteligência emocional e empatia
- Bem-estar, atitudes positivas e atenção plena

Estes resultados apontam para o desafio que as universidades enfrentam: como garantir tanto a aquisição das competências técnicas procuradas quanto a promoção do desenvolvimento pessoal do aluno. Isto pode ser feito ajudando os alunos a autorrefletirem, preparando-se para mudanças de circunstâncias e abordando situações incomuns, procurando soluções criativas e cooperando com os outros. As ferramentas para o desenvolvimento das competências do século XXI podem não só estar inseridas no currículo e na metodologia de ensino, mas também no ecossistema geral da universidade, no qual é promovido o desenvolvimento pessoal dos alunos, incluindo o ambiente da universidade, o sistema de apoio geral e as oportunidades extracurriculares.
O Relatório foi elaborado por mim, por Inga Lapina, por Līga Kamola e por Elīna Gaile-Sarkane e editado por Orla Casey. Foi proporcionado um grande apoio na distribuição do questionário pelo Conselho de Acreditação para Universidades Empreendedoras e Envolvidas (ACEEU), pela Associação Letã de Tecnologia da Informação e Comunicação - LIKTA, pela Associação Letã de Engenharia Elétrica e Indústria Eletrónica (LETERA), pela Associação Letã da Indústria LifeScience (LAKIFA), pela MASOC - Associação de Engenharia Mecânica e Indústrias Metalúrgicas da Letónia, LEEA, e pela Confederação de Empregadores da Letónia.
O relatório completo encontra-se disponível neste link: https://be21skilled.eu/skills-panorama/