Social innovation in the temporary agency work industry
Este estudo incide em 15 práticas de inovação social associadas à melhoria de competências e formação, às condições de trabalho e à proteção social no setor do trabalho temporário.
O estudo foi desenvolvido em nove países da Europa, integrando ainda uma prática de alcance global, tendo sido conduzido pelo Centre for European Policy Studies (CEPS), a pedido da Confederação Mundial do Emprego – Europa (que reúne 29 federações nacionais da indústria de serviços privados de emprego e 7 das maiores empresas multinacionais que fornecem soluções de força de trabalho), em parceria com a UNI Europa (uma federação sindical europeia que envolve 7 milhões de trabalhadores em serviços, representando 272 sindicatos de 50 países).
Apresentado numa conferência pan-europeia que decorreu no dia 1 de dezembro, em Bruxelas, este relatório dedica o segundo capítulo à melhoria e competências e formação, analisando as práticas de inovação social levadas a efeito pelas entidades Testyourselfie, Open Badges, Headai, PhyD, Learn4Job e Grande École de l’Alternance.
Todas estas práticas têm como objetivo suprir lacunas de competências para a redução do desemprego, ajustando as competências detidas pelos trabalhadores às necessidades da economia competitiva.
Nestas práticas destacam-se a utilização da tecnologia digital, as abordagens colaborativas ou as inovações associadas à validação, visibilidade e aferição de competências sociais.
O estudo demonstra que a melhoria das competências e a formação são muito relevantes em todos os setores, tendo esta relevância sido potenciada pela situação pandémica em curso, tornando-se ainda mais acentuada para os trabalhadores temporários, uma vez que mudam de ocupação e de local de trabalho com maior frequência. Estes trabalhadores tendem a vivenciar empregos de baixa qualificação que os colocam à margem do mercado de trabalho e diminuem as suas possibilidades de acesso a novas oportunidades de aprendizagem. A natureza temporária dos contratos torna ainda mais premente a necessidade de desenvolverem continuadamente as suas competências e de adquirirem novas competências para que sejam atrativos para o preenchimento de novos postos de trabalho.
As práticas apresentadas foram selecionadas atendendo à sua capacidade de inovação no rastreamento de competências, identificando lacunas de competências e sugerindo soluções, bem como devido à atenção dada às competências sociais e aos trabalhadores mais vulneráveis.
Considerando às suas características, estas práticas são passíveis de replicação noutros setores, representando uma fonte de inspiração para a adoção de novas soluções de capacitação e de formação.