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Entrevista com Maud Gari, Secretária-Geral do LABA, um stakeholder europeu no domínio da cooperação cultural responsável

TreeImage.
Dora SANTOS
Maud Gari experte EPALE 2024.

Autoria: Agência Erasmus + França Educaçao e Formação
Tradução: EPALE Portugal
 

EPALE França: O que é o LABA?

Maud Gari: O LABA foi fundado em 2013 como um centro de competências e agora está sediado em Bordeaux. Elaboramos projetos de cooperação europeia focamos na inovação social e na educação nos setores criativos e culturais. O LABA é formado por cerca de dez pessoas, a maioria das quais já trabalhou no setor cultural - trabalhei no setor da música durante 15 anos. Vindo de formações variadas e complementares, juntámo-nos ao LABA para trazer uma dimensão internacional a projetos desenvolvidos em grande parte com parceiros na Nouvelle Aquitaine. Implementamos programas de formação e ferramentas inovadoras, como mentoria para mulheres empreendedoras, carreiras na transição ecológica e economia circular, sempre com enfoque artístico e cultural. Mobilizámos vários programas de financiamento para implementar os nossos projetos: programas Erasmus+, Europa Criativa e Fundos Estruturais, que visam implementar novas soluções em determinadas áreas para ajudar as pessoas a encontrarem trabalho, a obterem formação, etc.

EPALE França: O que é que a vertente europeia traz aos seus projetos?

Maud Gari: A vertente europeia dá-nos a oportunidade de ver o que se passa noutros lugares, de trocar ideias e aprender com iniciativas interessantes que não existem em França. O nosso primeiro projeto europeu de mentoria para mulheres foi uma ideia que me surgiu depois de uma viagem a Berlim, em 2016. Continuamos a ter contacto com a organização que me acolheu. Há também um interesse profissional e pessoal: ir à Grécia para ver como as ONG trabalham no terreno com jovens ou vítimas de catástrofes abriu-me os olhos para outras formas de trabalhar.

Hoje, o LABA possui uma rede de mais de 200 organizações em 30 países diferentes. Trabalhamos com algumas regularmente: universidades, associações, artistas, na Europa e fora dela: temos um projeto com pessoas que trabalham na música na China, em conjunto com o conselho regional da Nouvelle Aquitaine.

EPALE França: Como chegou a esta função?

Maud Gari: Trabalhei no setor da música durante 15 anos. Estive envolvida em projetos europeus sem me dar conta e vi como era possível estruturá-los e candidatar-me a apoios para desenvolver iniciativas. Também sou copresidente da Slowfest, uma associação que produz concertos com baixa emissões de carbono e sensibiliza para a necessidade de uma transição ecológica na indústria dos eventos. O LABA permitiu-nos estabelecer contactos com pessoas em Itália e na Bélgica, para que possamos ver o que se passa noutros lugares. O setor cultural em si não tem necessariamente um grande impacto carbónico, mas tem uma voz forte: quando se lida com artistas, a mensagem é melhor transmitida, de uma forma mais agradável, chega a mais pessoas e ajuda a construir uma comunidade.

No LABA trabalhamos muito com estruturas culturais que, muitas vezes, desconhecem o que a Europa pode fazer por estas, especialmente em França, onde o nosso sistema é autossustentável. O nosso papel é dar-lhes uma perspetiva internacional, não necessariamente em termos de negócios, mas em termos de pessoas. Por vezes, o setor cultural não é particularmente moderno no que diz respeito a estas questões.

EPALE França: Pode dar alguns exemplos dos projetos em que trabalha?

Maud Gari: A questão do empreendedorismo para pessoas sub-representadas é importante para nós há anos. Atualmente, com o projeto “Mosaico, investimento inclusivo para fundadores sub-representados”, estamos a trabalhar no acesso ao financiamento para empreendedores que acabaram de chegar a França, que não são homens brancos, mas sim pessoas racializadas, mulheres, pessoas que regressam de licença de maternidade, etc. Estamos a executar este projeto em parceria com Singa, com neerlandeses, romenos, alemães e irlandeses.

A Europa está a trabalhar na estruturação do setor: empreendedorismo, consolidação de microempresas, modelos de negócio, desenvolvimento de redes, enquanto os projetos apresentados às autoridades locais estão mais preocupados com conteúdos artísticos. É complementar.

EPALE França: E em que tipo de projetos está a trabalhar com o Erasmus+?

Maud Gari: Temos vários projetos apoiados pela Erasmus+ Educação e  pela Erasmus+ Juventude. Temos um projeto Erasmus + Educação, #ENDOs, que envolve olhar para a endometriose numa perspetiva cultural, reunindo pacientes, cuidadores e artistas para chamar a atenção para esta doença silenciada. Vamos realizar experiências em hospitais e organizar uma exposição em Bordéus onde artistas pacientes irão falar sobre a sua doença. Iremos montar uma plataforma de educação e consciencialização sobre este assunto.

Com a Erasmus+ Juventude, estamos a implementar um projeto em parceria com o espaço Rocher de Palmer, em Bordéus. Este projeto reúne organizações de diferentes países, incluindo uma universidade na Ucrânia e organizações na Bósnia e na Alemanha. O objetivo é utilizar a música como veículo para a paz nas escolas, em associação com locais, e formar educadores para utilizarem a música para educar e aumentar a consciencialização para a paz.

EPALE França:  Como planeia contribuir para a EPALE?

Maud Gari: Para nós, a EPALE está intimamente ligada ao mundo da educação. Usamo-la, mas não o suficiente. Durante estes seis meses, gostaria de dar um contributo muito mais sustentado, mantendo na plataforma uma espécie de diário de tudo o que estamos a fazer, de todos os projetos em que estamos envolvidos, para mostrar como vai a nossa cooperação europeia e para criar conexões. Pretendo aproveitar a oportunidade para expandir a minha rede, para ver o que está a acontecer noutros lugares e ficar a par dos últimos desenvolvimentos.

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Comentário

Profile picture for user sali.
SALIMATA SISSOKO
Sex, 2024-05-10 03:30

en donnant les moyens aux femmes, les malades cardiovasculaires seront diminuées valorisation des danses traditionnelles, les chants, la poterie, les forgerons et bien d’autres encore.
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Profile picture for user Roseline Le Squere.
Roseline Le Squère
Community Hero (Gold Member).
Sex, 2024-05-03 12:12

La dimension européenne apporte une richesse incomparable aux projets culturels et sociaux axés sur l'inclusion et l'innovation sociale. En favorisant la collaboration entre des acteurs de différents pays membres, elle permet un échange dynamique d'idées, de pratiques et de perspectives. Cette diversité enrichit les projets en leur apportant des angles uniques et des approches variées pour répondre aux défis de l'inclusion sociale.

L'égalité femme-homme est également renforcée grâce à la dimension européenne. En encourageant la promotion des droits des femmes à travers des projets transnationaux, l'Union européenne crée un environnement propice à l'échange de bonnes pratiques et à l'adoption de politiques progressistes en matière d'égalité des sexes. Ce sujet a donné lieu à plusieurs publications sur la plateforme EPALE. 

La dimension européenne apporte une valeur ajoutée considérable aux projets culturels et sociaux en favorisant l'échange, l'innovation et la coopération transnationale. Elle contribue à renforcer l'inclusion sociale, l'égalité femme-homme et la résilience, faisant ainsi progresser l'ensemble de la société européenne vers un avenir plus juste et plus durable.

 
Peut-être pouvons-nous questionner un autre aspect : est-ce que la dimension européenne favorise la faisabilité des projets en leur offrant un soutien financier et une visibilité accrue sur la scène internationale? Est-ce que cela favorise des initiatives culturelles et sociales, pouvant par les financements européens, ainsi mieux faire face aux défis économiques et sociaux grâce aux ressources et aux réseaux offerts par l'Union européenne? 
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