Menos músculos e mais cérebro para os trabalhadores do futuro
“As competências exigidas pelo mercado laboral deverão alterar-se, tendo os trabalhadores de oferecer novas competências para satisfazer necessidades diferentes”. Este é o ponto de partida para a mais recente nota informativa do Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional (CEDEFOP), intitulada “Menos músculos e mais cérebro para os trabalhadores do futuro”.Tendo por base a previsão do CEDEFOP em matéria de competências, o documento aponta alguns “factos relevantes”: por exemplo, cerca de 4 em 5 novas vagas de emprego estarão relacionadas com profissões altamente especializadas.
De acordo com estas projeções (que abrangem os 28 Estados-Membros da EU, a Islândia e Suíça), prevê-se uma crescente polarização do emprego “com o aumento de novos empregos, tanto nas profissões que exigem um elevado nível de competências, como naquelas que exigem um baixo nível de competências, a par de uma redução dos empregos que exigem níveis médios de qualificações”.
Outra tendência que irá marcar os próximos anos será a substituição dos trabalhadores que se reformam, representando estas “a maioria das vagas na economia europeia”.
A diminuição do trabalho rotineiro e, em sentido contrário, o aumento do relevo das Tecnologias de Informação e Comunicação são outros dos elementos focados neste documento. “As projeções apontam para uma redução generalizada das tarefas físicas e um aumento das tarefas intelectuais e sociais”, refere o estudo do CEDEFOP. Por isso mesmo, competências ligadas à comunicação, ao empreendedorismo e outras competências essenciais (em domínios como o das vendas/capacidade de persuasão e da interação/atendimento/prestação de cuidados) terão um papel de relevo.