Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES) de 2022: Portugal sobe uma posição
De acordo com os dados disponibilizados pelo Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES) de 2022, disponibilizados recentemente, Portugal classifica-se em 15.º lugar entre os 27 Estados-membros da UE, uma posição acima do resultado alcançado na edição do ano anterior (ainda assim abaixo da média da UE), refletindo os esforços de desenvolvimento digital da sociedade e da economia nacionais. No que diz respeito à Dimensão “Capital Humano”, Portugal ocupa a 14.ª posição, conquistando quatro posições em relação a 2021, posicionando-se ligeiramente acima da média da UE, destacando-se os resultados obtidos nos indicadores relativos à percentagem de mulheres especialistas em TIC e às empresas que asseguram formação em TIC. O nível de competências digitais básicas situa-se nos 55 % (dados de 2021), ligeiramente acima da média da UE de 54%.
Recorda-se que este Índice, publicado todos os anos, dá conta dos progressos realizados pelos Estados-membros no domínio digital.
Em termos globais, este relatório revela que, durante a pandemia da COVID-19, os Estados-membros fizeram progressos no plano da digitalização, mas continuam a ter dificuldade em colmatar as lacunas existentes em matéria de competências digitais, transformação digital das PME e implantação de redes 5G avançadas. As conclusões mostram que, embora a maioria dos Estados-membros esteja a realizar progressos na sua transformação digital, a adoção de tecnologias digitais essenciais pelas empresas, como a inteligência artificial (IA) e os mega dados, continua a ser reduzida. É necessário redobrar esforços por forma a assegurar a plena implantação das infraestruturas de conectividade (nomeadamente a tecnologia 5G) necessárias para garantir serviços e aplicações altamente inovadores. As competências digitais são um outro domínio importante em que os Estados-membros precisam de realizar mais progressos. À medida que as ferramentas digitais se tornam parte integrante da vida quotidiana e da participação na sociedade, as pessoas sem competências digitais adequadas correm o risco de ficar para trás. Apenas 54 % dos europeus com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos possuem, pelo menos, competências digitais básicas. A meta da Década Digital é chegar, pelo menos, a 80 % até 2030. Além disso, embora entre 2020 e 2021 tenham entrado no mercado de trabalho meio milhão de especialistas em TIC, os nove milhões de especialistas informáticos atualmente na UE ficam muito aquém do objetivo da UE de dispor de 20 milhões de especialistas até 2030, não chegando para colmatar a escassez de competências que as empresas atualmente enfrentam.
Aceda ao relatório nacional, em língua inglesa, e ao sumário do mesmo, em língua portuguesa, aqui: https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/policies/countries-digitisation-performance