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Foi mais do que comemorar 50 anos de presença nas sociedades

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O lema da educação emancipadora foi tratado de forma irrequieta como se impõe. Educar é perturbar. É ainda fomentar um sentido e um pensamento crítico em relação à sociedade na qual se vive. O seminário realizado na Lusófona tinha todos os ingredientes para que Paulo Freire fosse inspiração e não apenas celebração.

Os principais protagonistas da jornada foram Alberto Melo, Emílio Lucio Villegas, Carlos Alberto Torres, Letras Pr'à Vida, Associação Moinho da Juventude, Associação de Desenvolvimento das Mulheres Ciganas, Centro FEscolas António Sérgio e o CeiED/ULHT.

A Pedagogia do Oprimido esteve presente nas diversas intervenções realizadas durante o encontro, com destaque para as experiências que foram apresentadas pelas coordenadoras e equipas dos projectos lda ESEC, do Moinho da Juventude e da Associação das Mulheres Ciganas.

Os afectos e as abordagens personalizadas do Letras Prá Vida, as ligações às artes e ao desporto no Moinho e as perguntas geradoras nas Mulheres Ciganas cativaram pela sua dinâmica e utilidade no campo da acção educativa participada.

Já Carlos Alberto Torres, numa conferência realizada pelo académico, mas também pelo amigo e companheiro do percurso de Paulo Freire, proporcionou-nos uma  viagem histórica, conceptual e prática à Pedagogia do Oprimido com passagens por ideias e referências incontornáveis tais como:

- Paulo Freire escreveu a sua magnum opus, a Pedagogia do Oprimido, entre 1967 e 1968, exilado em Santiago do Chile e tinha 47 anos;

- a influência da Teologia da Libertação e a opção preferencial pelos pobres;

- as influências filosóficas do existencialismo, do marxismo, da fenomenologia, de hegelenismo na pedagogia do oprimido;

- as raízes socialistas e anarquistas da educação popular europeia. A educação radical e política ligada à cultura popular;

- a passagem do humanismo idealista ao humanismo concreto; a passagem do senso comum para uma filosofia de transformação social;

- a questão da agressão, da dominação e da violência como intrínsecas ao ser humano e as diversas formas de opressão. Poucos encontros entre humanos são isentos de opressão

- as noções de opressão existente na relação entre alunos e professores;

- o diálogo como ferramenta de libertação.

Muitos outros temas foram desenvolvidos nesta exploração filosófica, metodológica e prática da obra do militante e do intelectual que foi Paulo Freire.

Jornada inesquecível para muitos dos presentes e participantes.

CR/10-11/18

 

 

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