A Fundação Francisco Manuel dos Santos disponibiliza mais uma edição que tece o retrato de Portugal na Europa, mediante a apresentação de um conjunto de indicadores que abarcam diversas áreas da sociedade, comparando-as sempre com a realidade dos restantes países membros da União Europeia.

Os indicadores têm como fonte dados extraídas do Eurostat/Pordata e incidem em áreas como a população, o rendimento e as condições de vida, a educação, a saúde, o emprego e o mercado de trabalho, a proteção social, a macroeconomia, a ciência e a tecnologia, o ambiente, energia e território, o turismo e, por fim, a justiça e segurança.

Com respeito à educação, Portugal destaca-se, pela negativa, com uma percentagem de 24,8% no que se refere à população residente sem o ensino secundário ou superior, comparando com 15,5% na média da UE 27. O mesmo sucede relativamente à população residente, entre os 30 e 34 anos com ensino superior: 36,2% em Portugal e 40,3% na média europeia.

A taxa de abandono escolar precoce (10,6%) é ainda superior quando comparada com a média da UE (10,2%) mas bastante inferior à verificada em 2002.

No domínio do emprego e mercado de trabalho, é de relevar a elevada percentagem de empregadores sem o ensino secundário ou superior (47,4% em Portugal), comparando com 16,3 % na média dos países europeus. Portugal ocupa também a pior posição na Europa no que se refere à percentagem de trabalhadores por conta de outrem sem o ensino secundário ou superior: 39,8%. Neste indicador, o melhor desempenho é o da Lituânia (3,5%), sendo a média europeia de 16,3%.